O Clube dispõe de uma sede própria com uma área coberta de 480 metros quadrados, constituída por três pisos: Cave, R/Chão e 1º andar.

Na sede, a nível do R/c, além da Secretaria do Clube, existe um Ginásio e um Snack-bar em regime de arrendamento.

Na cave está instalado o Posto Médico, Departamento Técnico e Administrativo do Futebol e pequenas divisórias destinadas a cada um dos escalões do futebol. No 1º andar encontra-se a Sala de Troféus, Gabinete da Direcção, Sala para a pratica do Xadrez, Sala da Assembleia Geral e ainda de um mini centro de estágios constituído por 5 quartos, sendo um deles com kitchenet.

O Clube é ainda proprietário de um terreno com 3.500 metros quadros, na Rua António Sardinha, onde se encontra instalado um posto de abastecimento de combustíveis (BP), que, além de usufruir de uma renda mensal, recebeu uma quantia significativa pela venda do direito de superfície por um período de 25 anos.

É detentor de uma frota constituída por 8 viaturas, sendo 7 delas de nove lugares e um autocarro de 20 lugares, o que torna o Clube auto-suficiente no que respeita aos transportes.


O Despertar Sporting Clube nasceu da fusão do “Libertário” e do “Infantil”, operada em 24 de Junho de 1920. Estes dois grupos, ambos sem sede, eram constituídos por rapazes dos 13 aos 15 anos, quase todos operários. Reuniam-se, de tarde e de noite, junto a um candeeiro de iluminação pública (a petróleo) que existia na hoje Rua Fialho de Almeida, defronte de uma casa popularmente conhecida pela estalagem da “Bárbara Meneses”.

Nas suas constantes e entusiásticas trocas de impressões, chegaram à conclusão que a fusão dos dois grupos possibilitaria a criação de um clube com recursos suficientes para desenvolver a prática do desporto, em especial o futebol, no meio operário e, simultaneamente, abrir mais largas perspectivas à vida desportiva da cidade.

Decidiram-se por isso pela fusão, adoptando para a nova colectividade um nome –“DESPERTAR”- que era bastante significativo quanto às intenções dos promotores da iniciativa. O resto do título do clube e a escolha do emblema obedeceram a um “ARRANJO DIPLOMÁTICO”.... É que os fundadores estavam divididos quanto às suas simpatias pelo Benfica e pelo Sporting Clube de Portugal, colectividades que nessa altura já se impunham grandemente às predilecções dos desportistas da Província...

Tornou-se por isso necessário contentar uns e outros para que, logo de início, não surgissem descontentamentos e dissidências. A solução foi introduzir a
palavra “Sporting” no nome completo do clube e encimar o emblema por duas asas de águia, a marcar a homenagem ao “Benfica”.... Anos depois, a águia completa foi adoptada oficialmente como adorno do emblema.

A escolha das cores do equipamento tornou-se muito mais fácil, sendo feita por unanimidade: adoptaram-se o encarnado e preto, as cores representativas da cidade.

Como, porém, eram também essas as cores do “Luso”, foi preciso dar ás camisolas um dispositivo diferente (aos quartos encarnados e pretos) e escolher o branco para os calções. O pior é que não havia dinheiro para a compra do equipamento, que só foi adquirido no segundo ano da existência do clube e mesmo assim á custa de cada um dos jogadores.

Nos primeiros treinos e jogos foram utilizadas vulgares camisolas interiores, brancas.

O actual modelo de camisolas, ás listas verticais vermelhas e negras, só foi adoptado em 1933.

Um ano após a fundação do clube, um grupo de jogadores mais influentes convidou para as funções de presidente ( lugar que não existia até então) Manuel Gonçalves Peladinho, que recentemente regressara de Lisboa. O convite foi aceite mas como era regra do clube só ter sócios jogadores, Manuel Peladinho teve que praticar o futebol de verdade, inscrevendo-se como jogador de 2ª categoria.

Apesar de o clube não ter sede, conseguiu dar-lhe uma apreciável organização e um nítido progresso, tornando-o numa agremiação de características
essencialmente populares.

Só em 1924, quatro anos após a sua fundação, o clube conseguiu uma sede. Uma antiga vacaria, situada próximo ao edifício “Montepio” e no local hoje ocupado pela nova Rua Frei Amador Arrais. Eram umas instalações precárias e a sua modéstia granjeou-lhe a designação popular de «Pêga Azul». Apesar disso o «Despertar» nela se manteve por muito tempo, abandonando-a quando a construção da citada Rua obrigou á
demolição dos prédios ali existentes.

Em 16 de Junho reuniu pela primeira vez a Assembleia Geral.

Ao longo dos seus noventa anos, além do futebol, passaram pelo clube várias modalidades, nomeadamente:

Ciclismo, Hóquei em patins, Atletismo, Voleibol, Natação, Basquetebol, Secção Cultural, etc.

Actualmente, além do futebol, com 9 equipas de formação e cerca de 50 alunos de pré-escolas, existem as Secções de Campismo, Xadrez, Cultural e BTT.


Assim e no seu todo o Despertar Sporting Clube, movimenta actualmente mais de 250 atletas, razão pela qual lhe foi concedido o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva.